quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

New Year, New Rules



Lembro até hoje como comecei o blog...quando passei a escrever para exorcizar meus pensamentos...como sorri a cada palavra que deixava o peso em meu corpo...e como o blog me trouxe algumas dores de cabeça através das postagens. E agora voltei, depois de mais de um mês afastado, com muitas coisas diferentes para contar, relatos a compartilhar, pensamentos a expressar, situações a evitar, pessoas a afastar...e um ano novo para começar.

Normalmente minhas postagens seguem um modus operandi onde jogo enigmas mascarados sobre meu dia, meus pensamentos a respeito da sociedade e de meus próprios sentimentos, ou simplesmente compartilho algo legal no momento. Hoje vou começar o ano um pouco diferente do habitual. Vou fazer um relato cru sobre o período apagado do blog até hoje, dia 08/01/2014.
Sempre falo de três coisas importantes: hipocrisia, mudanças e personalidade. Acontece que de lá para cá, eu já pisei e fui pisoteado nesses três aspectos de formas interessante. Posso citar o fato de que havia me desiludido completamente a respeito do famigerado amor, mas hoje em dia estou tão tranquilo com isso que passei a deixá-lo no rebanho junto de outros sentimentos, junto à raiva e da insegurança para que fiquem bem.  Ou talvez que me preocupasse tanto com o que as pessoas achavam, que esqueci o quanto me sinto bem sendo diferente. Ou quem sabe ter dito tantas vezes que mudei, quando algumas sombras minha permanecem as mesmas até hoje.
Uma coisa que nunca mudou foi minha capacidade( irritante para muitas pessoas ) de analisar tudo pelos ângulos mais errôneos que existem. O que posso dizer? J’suis comme ça. Nunca deixei de achar que a sociedade diz que evolui, mas continuam a serem seguidores da Inquisição Espanhola. Nem deixado de rir quando outras tentam provar que são inteligentes com palavras difíceis, ambições falhas e debates de pseudo-superioridade. Nem de achar que o caminho mais difícil pode ser o mais legal de se seguir. E principalmente, nunca deixei de sonhar acordado mesmo em meio a uma multidão ao meu redor.
De lá para cá, o que mudou bastante foi o jeito que encontrei de evitar dores de cabeça. É incrível você estar diante de uma situação chata e encará-la com um olhar de paisagem, sorri e virar as costas. Não sei bem quando deixei de me importar, deixei de chorar, deixei de tremer, deixei de estourar, deixei de gritar...apenas deixei.
É importante ressaltar também que sempre achei minha solidão um problema. Disse e parafraseei diversas vezes o quanto sempre acabava sozinho no final. Só que não é bem assim, eu estava errado. Todos esses momentos em que estive rodeado de pessoas e me senti sozinho não foi ruim, demorei a perceber que só estava nos caminhos errados. Eu não preciso me misturar para ser aceito, tampouco tentar ser igual a todo mundo para ter um milhão de amigos. Meu pior erro foi justamente esse, pois fui contra tudo o que preguei tão arduamente durante tanto tempo.
Muita coisa pode acontecer em um dia, imagine em mais de um mês. A essa altura vocês já devem ter entendido isso, mas não se preocupem...prevejo que este será um ano interessante. Entre dramas aos vinte e quatro, e conquistas que tento ter, ainda há espaço para meios sorrisos e olhos espelhados observando tudo.