Quando se fala em amor, o primeiro pensamento de muitas pessoas geralmente é uma história épica que vai durar para sempre e a felicidade é infinita, sem nada mais a perder agora que você tem a pessoa certa. Bom, lamento informar, mas os grandes românticos tem a tendência de começar suas histórias pelo ângulo errado. Digo isso porque parando para analisar de maneira mais aberta, nossas histórias nunca terminam no “feliz para sempre”.
Verdade seja dita, os filmes de comédia romântica e grandes obras literárias acabam nos deixando mais deprimidos, de maneira nada saudável.
Posso citar o exemplo geral, onde tentamos encaixar nossa própria vida amorosa dentro desses filmes e no final temos a certeza de que nosso final será igual. Errado. Fomos apenas condicionados a ter uma visão ilusória de que nossos príncipes e princesas já estão artificialmente colocados em algum ponto de nossas vidas, apenas esperando por nós.
Há também o caso dos amores imaginários e unilaterais, que acabam sendo o pior tipo, ainda que o mais comum de acontecer. Quem nunca desenvolveu uma paixonite (ou crush) por alguém legal, descolado, bonito, o ar que você respira? Tudo bem ter vergonha de admitir isso, é tão tóxico, banal, frustrante e superestimado. A linha entre esse tipo de amor e pura carência é bem tênue, algumas vezes você simplesmente está desejando algo que nunca terá. Ou o cara gato da balada que sorriu para você é tudo o que você precisa? De repente você só quer alimentar uma ilusão para justificar a necessidade de não estar sozinho.
Tem também aquele amor tipo fast food. Você conhece a pessoa hoje, pede em namoro amanhã, compra alianças de compromisso uma semana depois, e passa a viver em função de outro/a. E acaba se esquecendo de que sua vida não começou a partir daquele instante. Esse é um pouco pior porque acontece muito ao meu redor, me dá certo tipo de nojo ver tantas demonstrações gratuitas vindo de pessoas que dificilmente superaram histórias mal resolvidas, ou apenas estão carentes demais para perceberam que nasceram sozinhas e morrerão sozinhas.
E então há o tipo de amor que deu certo. Vocês se conheceram, gostaram um do outro, se apaixonaram e estão juntos até hoje. Não foi premeditado, não foi conveniente, não foi necessário, nem mesmo foi eventual. Simplesmente aconteceu. É o mais próximo de algo verdadeiro, sabe? Não há pressão alguma para tentar classificar o que vocês têm, apenas são duas pessoas que gostam da companhia uma da outra, e é mais que suficiente. Com erros e acertos, equilíbrio sempre, tudo acaba se resolvendo. Isso é algo que posso acreditar.
Enfim, amor é uma coisa bem complicada de se debater, há muitos tópicos que nem cheguei a abordar até agora, alguns tão piores quanto os já citados, outros que até me fazem revirar os olhos e suspirar. É difícil você descrever seus pensamentos e observações sobre algo que você já sentiu em tantas variáveis. É uma luta constante entre o nojo das falsas emoções e a vontade de experimentar algo assim mais uma vez. No final não importa muito, existindo no mundo já vai ter algum tipo de esperança para todos. Se souber onde procurar, claro. Esse deve ser meu segundo ou terceiro post sobre esse mesmo assunto, aí mais uma prova onde mudo de opinião com base em experiências. Não é ótimo você saber que nunca terá a mesma opinião a respeito de tudo?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários e críticas, mas com bom senso, não diga nada que não queira ouvir. Just saying.