Alguns
dias percebo que continuo com dúvidas que até pouco tempo achava ter resolvido,
é inevitável e já percebi isso. Apesar de ter a certeza de que a cada dia que
passa eu mudo um pouquinho mais, ainda compartilho de muitos fantasmas que
achava já ter exterminado de minha mente. Percebi esse fato quando meu carro se
tornou um tipo de consultório móvel, sabe? Todos as pessoas que pegam carona
comigo acabam desabafando em algum
ponto. Compartilham de seus dramas, seus medos, seus pontos de vista, seus
pensamentos que não jogariam em uma feira de vaidades....Enfim, virou um tipo de
porto seguro.
E foi em um desses momentos em que ouvi um amigo meu que acabei me dando conta do óbvio: eu não sou tão seguro de mim quanto deixo transparecer. Daí voltei para o meu pequeno ritual de sempre.
Coloquei os fones de ouvido, puxei o notebook para a poltrona na sala escura e coloquei uma música para me iluminar um pouco ( The Colourist - Little Games ), e comecei a refletir.
Talvez tenha sido pela letra da música entrando involuntariamente em meus pensamentos, mas me dei conta de que tinha tudo a ver com uma situação recente, que me alcançava de todos os jeitos. Foi até engraçado, acho que meu subconsciente já tinha noção de que eu precisava falar sobre esse assunto. Qual assunto? Ciúmes.
Admito que faço a linha de ciumento passivo-agressivo, o que por si só já não é muito bom porque acabou caindo em contradição. Passei a me orgulhar de ser o cara que joga tudo na cara independente do tópico, daí por conta dos ciúmes virei o cara que fala por enigmas, que mostra frieza ou até mesmo que ignora e espera uma possível catarse ( obrigado Joanna, passei a usar bastante essa palavra, rsrs ).
O problema aí é que meu ciúme se manifesta apenas em pessoas que pouco ou nada tem comigo, o que me deixa em uma posição bastante desconfortável. Como você pode ter ciúmes de uma pessoa que mal conhece? Tampouco ela a você? Ou de uma pessoa que você "está afim", mas ela não tem consciência disso? Ou de alguém que nem mesmo mora na mesma cidade que você? São todos casos inalcançáveis. Como lidar com esse tipo de coisa?

Daí lembro da letra de "Little Games" e me dou conta de que já presenciei o outro lado da moeda. Eu já fui o tipo de cara que tinha um prazer insano em pisotear pessoas que sentiam ciúmes de minha pessoa. Confesso, já cometi este crime do Clube dos Corações Partidos. Eu gostava de me sentir desejado e de ter o poder da escolha, descartar facilmente como uma mão terrível no pôquer, comprar outro do monte. Mas aí eu acabei crescendo um pouco e vi o quanto isso é ruim. Jogos amorosos são uma droga que infelizmente, vicia.
O que tirei disso tudo após pensar bastante? Que apesar de tudo, eu ainda sou humano. Eu erro mais que acerto, tenho pequenas vitórias, conheço pessoas novas, passo a conhecer outras cada vez menos, mas isso não importa. O que importa é estar em paz primeiro comigo mesmo antes de sair explorando o mundo estranho do convívio social. Não devo criar problemas inexistentes na minha cabeça, porque sentir ciúmes de pessoas que nem mesmo estão romanticamente envolvidas comigo? Ou de amigos que hoje não são tão amigos? Desnecessário define, e eu não preciso disso. Ninguém precisa. Qual o sentido de preencher sentimentos por pessoas que não lhe acrescentam nada, apenas o deixam para baixo?
Descarregar esse peso de certa forma me causa uma sensação boa, não estou mais vivendo por pessoas e sim, por mim mesmo. Estou entrando em uma nova fase da minha vida, um pequeno passo para a liberdade, um mínimo para a independência, mas tudo isso faz parte de algo maior. Tenho projetos para tocar para a frente, crises existenciais sempre irão existir, sofrer pelo inexistente é opcional.
Resumo da ópera depois desse monólogo. Já citei antes aqui no blog e irei citar novamente, eu sou um cara solitário e me sinto melhor sozinho, está certo. Posso vir a gostar de pessoas e entrar enssa zona perigosa mais uma vez, também confere. Mas porque me precipitar? Isso não está certo. Eu gosto de ser esse Alexis contido, desligado de sentimentos, um tanto louco pelas idéias, longe do mundo real, alheio a muito do trivial. Irei continuar assim por um bom tempo....Sozinho ou acompanhado, nunca posso me esquecer do principal.
Sempre irei amar a mim mesmo antes de tudo...
E foi em um desses momentos em que ouvi um amigo meu que acabei me dando conta do óbvio: eu não sou tão seguro de mim quanto deixo transparecer. Daí voltei para o meu pequeno ritual de sempre.
Coloquei os fones de ouvido, puxei o notebook para a poltrona na sala escura e coloquei uma música para me iluminar um pouco ( The Colourist - Little Games ), e comecei a refletir.
Talvez tenha sido pela letra da música entrando involuntariamente em meus pensamentos, mas me dei conta de que tinha tudo a ver com uma situação recente, que me alcançava de todos os jeitos. Foi até engraçado, acho que meu subconsciente já tinha noção de que eu precisava falar sobre esse assunto. Qual assunto? Ciúmes.
Admito que faço a linha de ciumento passivo-agressivo, o que por si só já não é muito bom porque acabou caindo em contradição. Passei a me orgulhar de ser o cara que joga tudo na cara independente do tópico, daí por conta dos ciúmes virei o cara que fala por enigmas, que mostra frieza ou até mesmo que ignora e espera uma possível catarse ( obrigado Joanna, passei a usar bastante essa palavra, rsrs ).
O problema aí é que meu ciúme se manifesta apenas em pessoas que pouco ou nada tem comigo, o que me deixa em uma posição bastante desconfortável. Como você pode ter ciúmes de uma pessoa que mal conhece? Tampouco ela a você? Ou de uma pessoa que você "está afim", mas ela não tem consciência disso? Ou de alguém que nem mesmo mora na mesma cidade que você? São todos casos inalcançáveis. Como lidar com esse tipo de coisa?
Daí lembro da letra de "Little Games" e me dou conta de que já presenciei o outro lado da moeda. Eu já fui o tipo de cara que tinha um prazer insano em pisotear pessoas que sentiam ciúmes de minha pessoa. Confesso, já cometi este crime do Clube dos Corações Partidos. Eu gostava de me sentir desejado e de ter o poder da escolha, descartar facilmente como uma mão terrível no pôquer, comprar outro do monte. Mas aí eu acabei crescendo um pouco e vi o quanto isso é ruim. Jogos amorosos são uma droga que infelizmente, vicia.
O que tirei disso tudo após pensar bastante? Que apesar de tudo, eu ainda sou humano. Eu erro mais que acerto, tenho pequenas vitórias, conheço pessoas novas, passo a conhecer outras cada vez menos, mas isso não importa. O que importa é estar em paz primeiro comigo mesmo antes de sair explorando o mundo estranho do convívio social. Não devo criar problemas inexistentes na minha cabeça, porque sentir ciúmes de pessoas que nem mesmo estão romanticamente envolvidas comigo? Ou de amigos que hoje não são tão amigos? Desnecessário define, e eu não preciso disso. Ninguém precisa. Qual o sentido de preencher sentimentos por pessoas que não lhe acrescentam nada, apenas o deixam para baixo?
Descarregar esse peso de certa forma me causa uma sensação boa, não estou mais vivendo por pessoas e sim, por mim mesmo. Estou entrando em uma nova fase da minha vida, um pequeno passo para a liberdade, um mínimo para a independência, mas tudo isso faz parte de algo maior. Tenho projetos para tocar para a frente, crises existenciais sempre irão existir, sofrer pelo inexistente é opcional.
Resumo da ópera depois desse monólogo. Já citei antes aqui no blog e irei citar novamente, eu sou um cara solitário e me sinto melhor sozinho, está certo. Posso vir a gostar de pessoas e entrar enssa zona perigosa mais uma vez, também confere. Mas porque me precipitar? Isso não está certo. Eu gosto de ser esse Alexis contido, desligado de sentimentos, um tanto louco pelas idéias, longe do mundo real, alheio a muito do trivial. Irei continuar assim por um bom tempo....Sozinho ou acompanhado, nunca posso me esquecer do principal.
Sempre irei amar a mim mesmo antes de tudo...
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