Sabe aquele momento onde você sai de casa, a chuva caindo, friozinho
de tarde úmido, fones de ouvido com uma música bem indie que faz pensar na
vida, no que aconteceu até agora e no que vai acontecer no futuro? Com certeza
você já passou por isso, se não passou vai passar.
Infelizmente no meu caso, eu passei um fio sobre meus relacionamentos passados e no que deu errado em cada um. O mal de quem namora ou fica, é achar que só porque você aprendeu muita coisa na teoria a mesma coisa vai acabar se aplicando na prática, só que não é assim tão simples. Você vai sim, fazer tudo diferente.
É quase certo que nós temos a mania de deixar os sentimentos passarem na frente da razão, e isso nos cega para muitas coisas.
Foi tipo meu namoro mais duradouro, ainda me lembro até hoje. Conhecemos-nos no dia 27 de outubro de 2007, e o Bernardo (nome fictício) era tudo o que eu queria ou achava que queria. Se você procurasse por Prince Charming no dicionário, teria a foto daquele cara de cabelos castanhos e olhos azuis chamado Bernardo. Acho que o problema foi justamente esse, ele era tão perfeito que eu nunca questionei nada, nós nunca brigamos, nunca discutimos, sempre estivemos de acordo com tudo, nunca rolou nem um ciúme básico. Aí em março de 2009 ele chegou com a seguinte frase: “Eu fui visitar uma amiga e o primo dela estava lá, nos conhecemos em uma formatura, não sabia que eram primos....bom, resumidamente nós ficamos”.
Aquela frase me assombrou tanto que eu literalmente fiquei sem ar, me senti caindo em um abismo sem fim, e meu coração doía tanto que não consegui nem chorar na hora, só quando voltei para casa. E foi aí que eu me culpei, sim, de alguma maneira louca eu achava que a culpa havia sido minha, que eu não demonstrei o suficiente, que eu deveria ter estado mais presente, que talvez se eu tivesse saído com ele mais vezes isso não teria acontecido. Até tentei manter o namoro por mais algum tempo, até ele inevitavelmente terminar comigo.
Passei uns bons 6 meses no limbo, só saía sozinho, passava horas no quarto, não falava com ninguém, qualquer coisa me lembrava ele, e eu ainda tinha o prazer insano de me lembrar dele propositalmente.
Não sei exatamente qual foi o gatilho que me fez perceber quão patético eu estava sendo, mas pouco a pouco as peças foram se encaixando. Ele ia para muitas formaturas, ele nunca respondeu meus sms, ele me agradava tanto que eu não precisava perguntar nada a ele...de repente, ele não era mesmo um Prince Charming, era só um cara que sabia jogar bem, e eu sofri à toa.
Claro que na época eu não tinha tanta experiência como hoje, e ainda assim varia de pessoa para pessoa, é difícil manter a guarda erguida o tempo inteiro. Do Bernardo para o Samuel, do Samuel para o Eduardo, do Eduardo para recentemente, o Lisandro, as diferenças entre eles foram muitas, mas a semântica das ações, nem tanto.
Em algum ponto algo deu errado, em algum ponto um de nós acabou se culpando, um de nós botou um ponto final, um de nós perdeu a razão, etc e etc. Só que por sermos pessoas que vivem em sociedade, acabamos querendo tentar de novo e esperando resultados diferentes. Não digo que tudo vai dar errado, pode dar muito certo sim, da mesma forma que alguns de meus relacionamentos por mais curtos que foram, foram os melhores momentos que já tive ao lado de alguém.
Em resumo, é necessário haver alguma noção do que você faz, lembrar que antes de amar alguém, você deve começar por si mesmo, e estar pronto para enfrentar as batalhas necessárias em cada relação. Lembrando que a vitória deve ser mútua, ok?
Quanto a mim, nesse momento tenho consciência de que estarei sozinho por um bom tempo, parei de procurar alguém só para mim (citando uma frase repetida várias vezes em Chobits), não que isso seja ruim, pois me dá algumas perspectivas diferentes e novos ângulos para analisar.
E é claro, se eu estivesse em uma relação, eu teria ainda menos tempo para o meu PS3.
Infelizmente no meu caso, eu passei um fio sobre meus relacionamentos passados e no que deu errado em cada um. O mal de quem namora ou fica, é achar que só porque você aprendeu muita coisa na teoria a mesma coisa vai acabar se aplicando na prática, só que não é assim tão simples. Você vai sim, fazer tudo diferente.
É quase certo que nós temos a mania de deixar os sentimentos passarem na frente da razão, e isso nos cega para muitas coisas.
Foi tipo meu namoro mais duradouro, ainda me lembro até hoje. Conhecemos-nos no dia 27 de outubro de 2007, e o Bernardo (nome fictício) era tudo o que eu queria ou achava que queria. Se você procurasse por Prince Charming no dicionário, teria a foto daquele cara de cabelos castanhos e olhos azuis chamado Bernardo. Acho que o problema foi justamente esse, ele era tão perfeito que eu nunca questionei nada, nós nunca brigamos, nunca discutimos, sempre estivemos de acordo com tudo, nunca rolou nem um ciúme básico. Aí em março de 2009 ele chegou com a seguinte frase: “Eu fui visitar uma amiga e o primo dela estava lá, nos conhecemos em uma formatura, não sabia que eram primos....bom, resumidamente nós ficamos”.
Aquela frase me assombrou tanto que eu literalmente fiquei sem ar, me senti caindo em um abismo sem fim, e meu coração doía tanto que não consegui nem chorar na hora, só quando voltei para casa. E foi aí que eu me culpei, sim, de alguma maneira louca eu achava que a culpa havia sido minha, que eu não demonstrei o suficiente, que eu deveria ter estado mais presente, que talvez se eu tivesse saído com ele mais vezes isso não teria acontecido. Até tentei manter o namoro por mais algum tempo, até ele inevitavelmente terminar comigo.
Passei uns bons 6 meses no limbo, só saía sozinho, passava horas no quarto, não falava com ninguém, qualquer coisa me lembrava ele, e eu ainda tinha o prazer insano de me lembrar dele propositalmente.
Não sei exatamente qual foi o gatilho que me fez perceber quão patético eu estava sendo, mas pouco a pouco as peças foram se encaixando. Ele ia para muitas formaturas, ele nunca respondeu meus sms, ele me agradava tanto que eu não precisava perguntar nada a ele...de repente, ele não era mesmo um Prince Charming, era só um cara que sabia jogar bem, e eu sofri à toa.
Claro que na época eu não tinha tanta experiência como hoje, e ainda assim varia de pessoa para pessoa, é difícil manter a guarda erguida o tempo inteiro. Do Bernardo para o Samuel, do Samuel para o Eduardo, do Eduardo para recentemente, o Lisandro, as diferenças entre eles foram muitas, mas a semântica das ações, nem tanto.
Em algum ponto algo deu errado, em algum ponto um de nós acabou se culpando, um de nós botou um ponto final, um de nós perdeu a razão, etc e etc. Só que por sermos pessoas que vivem em sociedade, acabamos querendo tentar de novo e esperando resultados diferentes. Não digo que tudo vai dar errado, pode dar muito certo sim, da mesma forma que alguns de meus relacionamentos por mais curtos que foram, foram os melhores momentos que já tive ao lado de alguém.
Em resumo, é necessário haver alguma noção do que você faz, lembrar que antes de amar alguém, você deve começar por si mesmo, e estar pronto para enfrentar as batalhas necessárias em cada relação. Lembrando que a vitória deve ser mútua, ok?
Quanto a mim, nesse momento tenho consciência de que estarei sozinho por um bom tempo, parei de procurar alguém só para mim (citando uma frase repetida várias vezes em Chobits), não que isso seja ruim, pois me dá algumas perspectivas diferentes e novos ângulos para analisar.
E é claro, se eu estivesse em uma relação, eu teria ainda menos tempo para o meu PS3.
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