sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Anti-Herói



Essa semana depois de conquistar o posto de vilão honorário, uma pessoa que eu costumava conhecer me perguntou quando exatamente eu mudei ou se eu sempre fui assim, calculista e inconsequente, um contraste interessante da sombra de Alexis Tyrell. Ponderei essa questão, mas a resposta veio da boca de uma amiga, que me disse que eu sempre fui assim, mas em algum momento um gatilho me fez revelar minha verdadeira personalidade.
De repente tudo começou a fazer sentido quando comecei a comparar o meu antes e o meu agora.
No início da minha adolescência eu também fui blogueiro, mas na época era tudo muito diferente. Eu era o cúmulo do positivismo e da inocência, acreditava cegamente em finais felizes, que tinha um milhão de amigos, que era o melhor em tudo o que fazia, e até mesmo que no futuro eu seria alguém famoso e casado com o Chris Evans. Sim, eu era desses.
Aí após experiências de vida, decepções, algumas vitórias vazias e completas, e gerações de conhecidos indo e vindo, acabei me moldando no que sou hoje. Repetindo alguns posts passados, eu vivo dizendo que nós estamos em constante mudança, logo, o que eu pensava ontem, pode não valer hoje, assim como a minha mente hoje, pode não ser a mesma de amanhã.
Hoje em dia muita coisa mudou, certamente. Em algum ponto eu me tornei uma pessoa bastante introspectiva, escondendo minhas emoções sempre atrás de bons sorrisos, sarcasmo/ironia engatilhado, gargalhadas e gestos de carinho. Deixei de pensar sempre de maneira positiva, passei a ser mais realista em relação ao mundo lá fora e isso acabou me dividindo, me fazendo querer estar sempre dentro do meu próprio universo, fechando os olhos e tentando estar em qualquer lugar menos aqui. Passei a deixar implícito quando preciso estar sozinho, é quando levanto o capuz e coloco os fones de ouvido, ou quando subitamente paro de conversar e fico a observar. O Alexis de antes não é o mesmo de agora, não inteiramente.
A mesma amiga que me disse que sempre fui assim, tinha total razão. Por mais que eu tenha mudado tanto, uma coisa permaneceu sendo a mesma: a minha capacidade de ser assim, ácido e bastante frio em algumas situações, seja para sair por cima ou jogar a verdade sem pensar muito. Era uma habilidade que até pouco tempo eu escondia, mas hoje voltei a ser blogueiro e penso que é desnecessário medir palavras...pelo menos as mais importantes porque né, não sou obrigado.
Em resumo, sim, sempre fui essa peça que pode ser irritante com seu jeito misterioso de agir, mas também posso ser uma pessoa fácil de lidar se souber ler nas entrelinhas. E apesar de não ser o mesmo Alexis Tyrell em sua adolescência, ainda tenho o sonho não tão secreto de fugir e casar com o Colin O’Donoghue com o visual de Killian Jones em Once Upon a Time.
Afinal, ninguém é de ferro.



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