sábado, 28 de setembro de 2013

Uma Noite



Era uma noite como outra qualquer. Lá estava eu naquele santuário onde vi tantos rostos conhecidos, outros nem tanto. E mais uma vez me veio àquela sensação que eu não consigo negar ou esconder, o mal de toda relação, o epítome de todos os sentimentos: a expectativa.
Começou como seria toda reunião pós-acadêmica em uma sexta feira, solstício de....não importa. Foi algo divertido, não é? Nossas músicas tocando, pessoas próximas a mim na mesa, pessoas que conheci e conversei poucas vezes nas proximidades, olhares insinuantes, olhares de desprezo, olhares interessados, tudo isso acontecia com frequência. A chegada de alguns amigos novos, conversas descompromissadas com pessoas que eu via diariamente, mas não sabia os nomes, tudo isso em meio a copos e mais copos de bebida alcoólica que logo nos deixaram inebriados.
Mas foi aí que veio a maldita expectativa, naquele momento em que a sua mente está tão leve e você passa a enxergar tudo por ângulos que não queria. Mas estou divagando, antes de começar a pensar, você passa a observar melhor o que acontece ao seu redor.
Você passa a enxergar as agonias que as outras pessoas passam, passa a fazer amizades inesperadas, as danças passam a ser sem medo de ser julgado, as palavras surgem a cada instante e a verdade começa a aparecer da boca de todos, afinal, álcool é melhor soro da verdade que existe. E logo você se pergunta quando foi que tudo começou a mudar.
E agora sim, é quando entra a expectativa e os seus pensamentos.
Chega aquele momento em que você se pergunta o que fez de errado, porque não deu certo, o que poderia mudar...fica imaginando como teriam sido as coisas se tivesse tomado a outra decisão, ou se os eventos fossem diferentes dos que aconteceram ali, naquele momento. Infelizmente nessas horas a verdade também costuma aparecer, e você se dá conta do quão solitário pode estar mesmo entre outras pessoas. E é aí que seu rosto fica molhado e não de suor, mas de lágrimas silenciosas que começaram a escorrer.
É quando você se lembra de tudo o que deu errado em sua vida e ninguém se importou, justamente por conta do seu orgulho e da expectativa criada em torno disso. A pergunta acaba ecoando na cabeça sem parar: Do que adianta ser o cara mais forte do mundo e com um sorriso a todo instante, se por dentro você está gritando sem parar esperando que alguém note?
É como estar caminhando enquanto todo o mundo ao seu redor anda em fast motion, como um clipe antigo que assisti, “Vermilion” da banda Slipknot, exatamente daquele jeito. Você está ali, mas parece não estar e isso é terrível. De repente nada parece fazer sentido, de repente você deixa de ser o cara sorridente para ser o cara que deixou a inveja sair, ou o que deixou de ser completo. Naquele momento você é apenas ele, o cara que queria se encaixar e ser notado pelo o que é, e não pelo o que demonstra ser.
Você pula de um abismo interminável e depois escala de volta do seu jeito. É sempre assim, mas a cada vez você sai um pouco diferente, a única certeza é essa.
As outras virão após os próximos copos.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Like A Movie



Acho engraçado quando as pessoas falam o quanto suas vidas estão paradas e nada acontece, é algo que vemos todos os dias em todos os cantos. Mas os motivos são tão supérfluos que a conotação é inexistente. Na maior parte do tempo é simplesmente relacionado ao tédio, que por sua vez é algo fácil de livrar. Considero o tédio um amigo próximo da preguiça, a incapacidade de se levantar e procurar algo que fazer, sério, é mais fácil do que se pensa.
Por outro lado, este que vos fala pensa que a vida é exatamente como uma série, um drama constante que acontece em cada canto.
Às vezes é uma batalha acordar e recapitular os eventos do dia anterior já sabendo o que vai acontecer ao sair de casa, às vezes é inesperado e você não tem noção do que o espera ao atender ao telefone ou logar no Facebook. Claro que é diferente para cada um, desnecessário citar os motivos, acho que todos já sabem o que é individualidade. No meu caso, que sou um sonhador por natureza, que tenho uma trilha sonora para cada situação, e felizmente(ou infelizmente, vai de como quiser interpretar), conheço pessoas de todos os tipos.
Minha vida é mesmo como uma série, mas de quem não é? Em dias de chuva quero apenas ouvir canções calmas com violão e letras profundas, quando estou triste quero músicas tristes, quando estou com indiferente e quero me fechar do mundo, vai ser metal ou celta, um mundo de possibilidades.
Já me peguei discutindo com alguém e internamente estar ouvindo uma música para aquele momento, bem quando vi mensagens tristes em meio a conversas no celular. Já me peguei parando de andar apenas para observar a paisagem e pensar na vida. Já me peguei me sentando em um banco e colocando fones de ouvido e imaginando como teria sido se eu tivesse escolhido a opção B.
Repito: quem nunca pensou nisso?
Ok, eu estaria sendo injusto em generalizar assim. Nem todo mundo é tão daydreamer como eu. Sei que realidade é um fato e temos que conviver com isso, mas vale a pena fugir um pouquinho e tentar usar a imaginação. Não é certo viver sonhando, tampouco focado na realidade, o meio termo deve ser alcançado e é mais fácil do que parece. Então pessoas insatisfeitas com suas vidas, lembre-se que excessos são ruins, seja de agito ou de tédio, arrumem algo para fazer e garanto que isso não dói. A vida pode ser interessante por demais se você fizer por onde, e será exatamente como um filme ou uma série.
Bom, e como todo final de episódio, vou encerrar postando a música escolhida para o fim desse dia e do episódio de hoje.


“E então após digitar, Alexis Tyrell se levanta com a sugestão de um sorriso nos lábios, caminhando até o pufe azulado em seu quarto, observando o céu parcialmente escuro pela vidraça de seu quarto. Um suspiro longo escapou de seus lábios, deixando a testa encostada no vidro, ele fechou os olhos enquanto a câmera se afastava da porta. Deixando-o ali: imaginando...sentindo...duvidando....”

domingo, 22 de setembro de 2013

Surpresas



Eu havia dito que não escreveria nada até amanhã, mas é meio difícil não pensar no que dizer quando milhares de coisas acontecem ao mesmo tempo. É incrível o modo que a vida encontra de lembrar que ela pode ser agitada mesmo quando você jura que nada acontece, acontece sim, você só não percebe.
Então você olhada para o seu perfil do Facebook e vê 9 amigos ali no canto e começa a pensar....cara, quando foi que as coisas mudaram tanto? Alguns deles conheci há anos e se tornaram distantes, outros conheci a meses, e já são parte importante de mim. Um deles me fez feliz por tempo, hoje me dá muita dor de cabeça, outro era quase um irmão, se tornou um estranho, há aquela que mesmo com a mesma idade, tem mais sabedoria do que já tive, aquele que por mais que eu seja insuportável, não saiu do meu lado...em nove pessoas, eu já tive muitas crônicas a traçar.
E não vamos esquecer sobre a noite passada, quando após tudo terminar, uma agradável surpresa veio em uma ligação no celular, com meu irritante toque do tema de Monkey Island ecoando no quarto enquanto vestia o pijama. No final das contas, certo cara que conheci na boate se tornou um grande amigo, confidente e com dramas parecidos com os meus, um perfeito BFF.
Daí isso tudo me fez pensar que eu estava certo sobre como a vida é feita em momentos, como o para sempre é mais curto do que pensamos, e como tudo muda de uma hora para outra. São surpresas assim que deixam tudo mais divertido ou trágico, depende muito do seu humor, da sua mente e da sua capacidade de aceitação.
Se bem que para certas coisas vale a pena lutar um pouquinho, se não para ganhar, pelo menos para dizer que tentou. Às vezes os resultados podem ser satisfatórios para o seu ego. O meu anda me agradecendo bastante em relação às minhas escolhas.
Uma nota rápida esse breve post: quero dizer que apesar do blog ter sido feito para compartilhar minha visão e insights sobre as coisas, não deixa de ser um diário pessoal, então de vez em quando vou querer dividir esse tipo de acontecimento, é inevitável, tem coisas que soam ainda melhores quando você repassa tudo e passa a enxergar melhor o que passou e o que está bem na sua frente.
 Concluindo, eu acho que não tenho do que reclamar, apesar de nada estar exatamente nos eixos, eu me sinto bem no meio desse caos. Para um cara que sempre reclamava que não havia nada para fazer, a vida está lá fora acontecendo e eu estou gostando de nunca faltar nada aqui.
É exatamente como uma série da HBO ou CW, mas isso é assunto para outro post. 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Gerações



Durante essa última semana acho que todos repararam que as postagens foram um tanto obscuras, pesadas, depressivas, para baixo mesmo. E foram exatamente assim porque eu estava na bad, desmotivado, sem objetivos em longo prazo, e com uma vontade enorme de sair para o meio da rua e gritar até conseguir ser um contratenor.
Falei bastante sobre crescer, sobre mudar, sobre analisar, sobre a vida de forma geral, e até um tanto vaga. Ainda a pouco, uma pessoa próxima me disse algumas coisas que me deixaram rindo internamente, mas ao mesmo tempo, em um conflito que me fez pensar novamente sobre crescer, me dando um tópico novo: o conflito de gerações.
Não podemos negar que os pais são uma parte importante de nossas vidas e é imperativo que ouçamos os seus conselhos. Mas também é preciso relembrar que o que funcionava para eles, algumas vezes não funciona conosco. Digo isso porque apesar de precisarmos de guias para a educação, para o certo e errado, tem coisas que acabamos tendo de aprender por conta própria, e acho sinceramente que o maior erro de alguns pais é achar que os filhos nunca estão prontos, e que sempre serão eternas crianças.
Só porque assistimos desenhos, não quer dizer que ainda estamos no ensino fundamental. Só porque jogamos videogames, não significa que não alcançamos a maioridade. Só porque gostamos de brincar e nos divertir, não significa que não precisamos fazer faculdade e trabalhar. Só porque deixamos de contar coisas pessoais a vocês, não significa que estejamos nos distanciando.
A verdade é que em algum momento temos de começar a experimentar tudo por nós mesmos, como eu falei em um post anterior, nós mudamos e crescemos todos os dias. Para vocês, sempre seremos seus filhos, as crianças que sempre serão crianças, mas não é bem assim.
Em algum momento vamos sair da crisálida, uns mais cedo que os outros, e mesmo que não pareça, nós estamos bem além do tempo.
Cada geração de pais e filhos tem costumes diferentes, e o que parecia tão errado antes hoje é algo completamente normal. Nunca se prendam a nada, nem achem que o mundo se resume ao que você acha que é bom, não é assim que as coisas funcionam. Eu tenho certeza de que você, pai ou mãe que usa roupas formais e cursou medicina, no fundo, no fundo, sabe que está errado/a pensar que seu filho ou filha que estuda Jornalismo, deve se vestir de Armani para uma festa de crianças. E você que acha que porque batalhou tanto para trabalhar, não deve achar que porque é fácil trabalharmos em coisas que gostamos, que não vamos dar valor ao que conquistamos do nosso jeito.
Cada geração pensa diferente, e sempre será assim. Penso que ao invés de recriminar tanto, deveria haver certa compreensão em cada idéia, pensamento ou atitude. Pode haver concordâncias, pode haver desavenças, mas é como eu sempre digo e sempre vou dizer: é assim que as coisas são.
Agora com licença, preciso jogar Tekken, acabar com uns jogadores coreanos, me vestir bem punk, depois ir para a faculdade fazer prova, apresentar trabalhos, e depois, beber com os amigos maiores de idade.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Mudanças



Quando era mais novo, achava que por morar todo mundo na mesma cidade todos se conheciam. Quando tinha uns doze anos, ainda estava acreditando em Papai Noel. Antes disso, pensava que um dia ia ter algum super poder. Pactos de amizade eterna? Eram constantes! Festas de pijama com os caras comendo pizza, vendo filmes de terror e videogames? Nossa, obrigação de todos os fins de semana.
Mas aí eu cresci.
Aprendi que às vezes você não conhece nem mesmo quem está ao seu lado, que para sempre não é tanto tempo assim, que o que funcionava quando era criança, não funciona agora aos vinte e quatro, que nem sempre algo que o deixava feliz antes, irá deixá-lo feliz agora. Quando crescemos, tudo ao seu redor permanece o mesmo, o que muda é você e como você passa a enxergar o mundo.
As coisas mudam o tempo inteiro, isso é inevitável, isso é destrutivo, isso é um recomeço.
Eu notei várias vezes que a pessoa que se olhou no espelho de manhã não é a mesma que vai sair do quarto e começar o dia lá fora. As mudanças podem acontecer a qualquer momento...em uma ligação, em uma frase, em uma atitude, em um imprevisto, em qualquer situação. E isso pode ser muito desgastante dependendo do seu humor, do psicológico, do físico...de você.
Hoje o Alexis que acordou sorrindo pode ser o Alexis que volta para casa de cabeça baixa antes de dormir, da mesma forma que o Alexis que acordou deprimido pode voltar sorrindo. Isso tudo, as mudanças de humor, as mudanças de atitude, tudo isso está relacionado a crescer, sabia?
É inevitável que coisas boas e ruins aconteçam, a única certeza é que cada um encara essas mudanças de formas diferentes. Podemos ser maduros, podemos ser infantis, podemos querer jogar, podemos ignorar, podemos viver, podemos morrer. Não há para onde correr, apenas abrace as mudanças e mantenha o seu forte como puder.
Há um certo senso de nostalgia apesar de tudo, eu me pego pensando bastante no passado, quando tudo era mais fácil, nada era complicado a ponto de me deixar para baixo, e não precisava enfrentar o mundo, tampouco lutar pela minha vida sempre que acordo. Não precisava de armaduras, escudos e máscaras para saber como agir. Tudo era mais simples, tudo era sem expectativas, e principalmente, sem a dura realidade.
Sim, a vida é muito diferente agora, vinte e quatro não são mais doze anos, que já não eram sete anos, tudo foi mudando e eu fui mudando. Nenhum dia é igual ao outro, nada é constante.
Ainda sinto falta dos torneios de videogame, dos filmes de terror e dos amigos sem nada na cabeça, mas sinto mais falta ainda da minha total falta de noção daquela época. A ignorância é mesmo uma bênção.
Pelo menos enquanto ainda se acredita em Papai Noel.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

All You Wanted



Como vou iniciar isso? Bom, eu meio que tentei postar o vídeo dela em uma postagem passada, mas não consegui, então vamos lá. Essa música significa muito para mim e de várias formas possíveis....ela me acompanha desde que eu tinha 14 anos...ou seja, já fazem dez anos desde que ouvi pela primeira vez, desde então todos os meus momentos tristes, melancólicos e desesperados, se resumem a essa música.

Já havia ouvido falar de Michelle Branch antes, mas de todas as suas músicas, essa é a que mais tem a ver comigo. É incrível o modo como a letra define tanto os meus momentos errados em relação às pessoas e como elas acabam deixando passar muitas de minhas agonias, falando de forma bem crua. O videoclipe de “All You Wanted” também esboça muito bem muito de mim, Alexis Tyrell. Quem souber interpretá-lo além da imagem, vai perceber que não é apenas querer ser ouvido, mas se importar com as palavras, os sentimentos, e a imagem que se vê.
Escuto essa música sempre que preciso ficar sozinho, sempre que preciso colocar os meus pensamentos em ordem, e o mais importante....sempre que preciso chorar. Sim, choro todas as vezes que escuto essa música, pois minha relação com ela me permite fazer algo que não costumo fazer na frente das pessoas, que seria mostrar que também tenho um coração, que não sou só o cara que precisa sorrir o tempo inteiro, algumas vezes é difícil demais manter um sorriso nos lábios quando tudo o que quer, é gritar e chorar. Ou desabar ali e contar a todos o que se passa.
Mas aí entra também o orgulho...mas é um assunto para outra postagem, também relacionada ao tema.
Segue abaixo o clipe e a letra traduzida por mim:


Michelle Branch - Tudo Que Você Queria


Eu queria ser como você
Eu queria tudo
Então eu tentei ser como você
E acabei ficando mal

Eu não sabia que era tão frio e
você precisava de alguém
Para mostrar o caminho a você
Então eu peguei em sua mão e acabamos entendendo
Que quando a maré viesse
Eu o levaria para longe

Se você quiser
Eu posso te salvar
Eu posso te levar embora daqui
Tão solitário por dentro
Tão ocupado por fora
E tudo que você queria
Era alguém que se importasse

Estou afundando devagar
Então rápido, me segure
Sua mão é tudo o que me mantém lutando
Por favor, você pode me dizer
Então eu finalmente posso ver
Onde você vai quando vai embora

Se você quiser
Eu posso te salvar
Eu posso te levar embora daqui
Tão solitário por dentro
Tão ocupado por fora
E tudo que você queria
Era alguém que se importasse

Tudo o que você queria era alguém que se importasse
Se precisar de mim, sabe que estarei lá para você
Oh, yeah

Se você quiser
Eu posso te salvar
Eu posso te levar embora daqui
Tão solitário por dentro
Tão ocupado por fora
E tudo que você queria
Era alguém que se importasse

Se você quiser
Eu posso te salvar
Eu posso te levar embora daqui
Tão solitário por dentro
Tão ocupado por fora
E tudo que você queria
Era alguém que se importasse

Por favor, você pode me dizer
Então eu finalmente posso ver
Onde você vai quando vai embora...

Ontem, Hoje e Amanhã



A vida é engraçada mesmo, não é? Em um dia você tem tudo planejado, faz boas ações, pensa que vai se dar bem, que tudo está bem....aí você leva uma rasteira, caí no fundo do poço, é pisoteado na lama, e seu mundo perfeito cai de cabeça para baixo.
Expectativas são ruins, boas ações não são passaportes para satisfação geral, planejamentos podem dar errado, controle nem sempre é absoluto, tudo tem lá suas variáveis, já dizia Alexis Tyrell em suas desventuras. O que parece ser certo acaba sendo extremamente errado, e nessa hora entram as famosas leis que sempre acabam com nossas vidas, vide Leis de Murphy e Terceira lei de Newton.
O que acontece geralmente quando você fica na pior? Fácil.
Você começa a cometer os piores tipos de erros, que são questionar a si mesmo. Sempre vêm à cabeça aquelas questões que assombram tanta gente: O que fiz de errado? Qual o problema comigo? Porque não sou bom para ele/ela? O que devo mudar para as pessoas gostarem de mim? Bom, se tem algo que aprendi recentemente, é que nenhuma dessas perguntas deve ser levada em consideração por um simples fato, o tal amor próprio.
É algo complicado na prática, mas pouco a pouco costuma trazer alguma satisfação quando você começa a perceber que há mais ao seu redor do que os olhos podem ver. Às vezes o cara dos seus sonhos não precisa ser aquele que você escolheu, às vezes o seu melhor amigo não precisa ser quem tem tudo a ver com você, às vezes algo que você não gosta acaba sendo legal quando começa a experimentar, às vezes, às vezes, às vezes....
Decepções fazem parte da vida, assim como tristeza, mal estar, insegurança, baixa autoestima, falta de amor próprio. Mas também fazem parte da vida, a felicidade, os pequenos prazeres, as risadas, a amizade verdadeira, os batimentos rápidos do coração quando algo dá certo, entre muitas outras coisas positivas.
Claro que tudo isso não dura para sempre, ou será algo constante, sou um exemplo vivo disso. Mas também aprendi a aproveitar esses momentos, a me descobrir mais a cada erro, a valorizar cada acerto, e a cultivar o que conquistei das melhores formas possíveis. No meio do caminho, você pode acabar deixando muitas coisas para trás, pessoas podem se afastar, objetos irão acabar, momentos bons serão apenas lembranças, momentos ruins podem marcar....mas ei, a vida é assim.



A vida é engraçada, não é? Hoje pode ser o seu pior dia, mas amanhã quem sabe tudo pode melhorar. Hoje foi um dia assim, estou ansioso pelas surpresas que posso ou não posso ter ao acordar.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Friendzone





Friendzone segundo Wikipédia:
Na cultura popular, a "friend zone" (em português: zona de amizade) refere-se a uma situação onde uma pessoa deseja entrar em um relacionamento romântico, enquanto a outra não. Em resumo, isso acontece quando uma pessoa está apaixonada, enquanto a outra só quer amizade.

Friendzone segundo Alexis Tyrell:
“O jeito mais simples de se sentir mal quando se quer ficar de boa, onde nascem as expectativas, e se recebem as decepções. Um sinônimo de amor platônico, com a diferença de que na friendzone tudo acontece sem restrições. É um tipo de tortura psicológica, onde se separam homens de crianças, mulheres de bebês, onde só quem realmente sabe sair por cima, pode sair desse campo minado.”


Então, a famosa friendzone...vou ser bem sincero com vocês, até algum tempo atrás, eu ri bastante dessa expressão, memes me arrancavam gargalhadas, relatos de amigos me divertiam. Mas é claro que como tudo na vida, a situação é bem diferente quando acontece com você. Friendzone é simplesmente angustiante, é como ter todo o dinheiro do mundo em mãos, mas o mesmo estar bloqueado pelo banco. Ou conhecer sua celebridade favorita e não saber o que dizer, gaguejar sem parar enquanto ele/ela vai embora achando que você é o maior dos fracassados.
Já experimentei basicamente todos os ângulos dessa zona, seja como o cara que deixou alguém na friendzone, como o cara que ficou na friendzone por estar afim de alguém. Em ambos os casos, não deixa de ser ruim.
É imperativo você ter uma mente forte para sair dessa, e saber separar os seus sentimentos, pois os mais fracos podem se submeter a qualquer tipo de tortura por estar gostando de alguém, e é aí que se descobre quem de fato é seu amigo, ou quem pode ser seu pior inimigo. Os mais fortes apenas podem virar as costas e caminhar sem olhar para trás, e admiro demais esse tipo de pessoa.
Infelizmente sou o tipo mais fraco sob um véu de positivismo constante, quem já leu posts antigos sabe que já bati nessa tecla antes. Penso que seria mais fácil ser autossuficiente para não me importar, mas se fosse o caso, seria estranho chorar sozinho e ficar de boa, ter um encontro comigo mesmo, ou morar só e passar aniversários sozinho. Eu definitivamente não sou assim.
Acabo optando pelo caminho mais difícil. Já cansei de “ficar afim” de pessoas que nunca serão nada além de amigos, os caras mais legais que já conheci, os caras mais errados de todos, os que não se importam comigo, os que se importam até demais, acho que apenas....pessoas. Infelizmente, a friendzone sempre esteve presente aí, de um jeito ou de outro, é uma das desvantagens em ser assim...o cara legal de cada turma. O que fazer a respeito disso? Essa á uma pergunta que acho que todos nós fazemos em algum momento, mas a resposta nem sempre está tão clara, vai de cada um e sua vontade de querer sair dessa zona.
O que quero fazer a respeito? Fechar os olhos, colocar os fones e viajar para longe dessa zona, desse momento, dessa vida, de tudo isso.
E se tiver fôlego e coração no lugar, tentar uma zona nova...uma melhor, se for possível.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Soundtrack



Os meus leitores de sempre ( eles sabem quem são ) já devem ter notado um certo padrão em meus posts. Quando acontece algo chocante, começo a falar na terceira pessoa narrando uma história com personagens omitidos através de títulos. Quando é algo que observei, uso muito primeira pessoa. Quando é um misto dos dois, significa que quero disfarçar, mas ao mesmo tempo, deixar claro que aconteceu algo marcante. Penso em modificar um pouco as coisas, como não canso de dizer, estou sempre me descobrindo...eu, o pequeno príncipe.
Hoje vou falar sobre algo que muitas pessoas tem, e se não tem, deveriam ter.
Eu sou um eterno apaixonado por música, e quem me conhece sabe que não faço nada sem ter algo ecoando nos ouvidos. Então possuo uma trilha sonora para cada momento, mesmo que não esteja com fones de ouvido, dentro de mim eu procuro uma música para combinar com aquele instante. Música é bom em toda e qualquer situação. Talvez eu viaje demais por pensar que a vida tem de ter uma trilha, talvez eu goste de viajar nas músicas, talvez eu esteja exagerando, talvez, talvez, talvez.
Acho que não estou errando ao generalizar que todos gostam de música, sabe. Em um momento triste, aposto que muitos procuram por canções da mesma sintonia. Quando estão felizes, procuram por algo que os faça pular. Quando querem paz, talvez procurem algo relaxante. Tudo depende da hora, do momento, do lugar. Não há exatamente uma explicação plausível que diga o porquê de gostarmos tanto de música, é diferente para cada um.
Música para mim significa muita coisa, simples assim. Me faz pensar, me faz sentir, me faz flutuar, me faz sorrir, me faz ponderar, me faz decidir. Música é um território que sempre está sendo explorado, então nunca fica maçante.
Sobre gostos, o meu é bem diversificado por uma questão de curiosidade. Desde cedo, aprendi a gostar de músicas internacionais, e nisso, fui conhecendo tantos estilos diferentes. Do pop ao rock, do metal ao celta, dos clássicos aos atuais. Acabei moldando o meu gosto com base no que poucas pessoas conhecem. Cito folk rock, celta, metal viking/medieval/nu, indie rock e trance como principais influências, embora esteja aberto a trilhas sonoras instrumentais, clássicos de Beethoven, Mozart e Chopin, entre outros. Tudo depende de como estou me sentindo no momento.
Trilha sonora de vida é assim, você cria, você molda, e principalmente, você escuta. Cada um tem aquela música que ouve inúmeras vezes e não enjoa, aquela música que quer ouvir em um momento íntimo, ou aquela que quer compartilhar com todos. É assim que funciona, e é assim que aprovo como deve continuar sendo.
Então eu vou finalizar o post com uma pergunta bem simples:
Qual seria a sua trilha sonora?

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Expectativa x Realidade





Em certos momentos da vida, nós nos perguntamos o que fizemos para merecer tal coisa que está acontecendo naquele momento. Geralmente coisas ruins, pois ainda teimamos em acreditar que sabemos como o carma funciona. Se fizer coisas boas, será recompensado, se fizer coisas ruins, virá em dobro para você.
Quem inventou essas regras realmente não sabe aproveitar nada. Poderia sintetizar todo um conceito sobre destino, coincidências, ações positivas, e outras mensagens otimistas, mas aí eu estaria colaborando com a idéia utópica, que não é e nunca foi verdade.
Vamos citar um exemplo comum: Um homem sempre contribui com roupas para doação, com esmolas e divide tudo o que tem. Mas então um dia ele é assaltado. Esse mesmo homem vai se perguntar o que fez de errado, vai duvidar de si mesmo, e pode até querer mudar os seus conceitos.
E isso só prova que as pessoas possuem uma espécie de padrão de vida baseado apenas nos conceitos “certos”, onde esperam por algo, se decepcionam e se frustram. Não é legal ter uma visão tão limitada assim.
A vida não é traçada no que você faz ou deixa de fazer, você pode tecer algo hoje que pode tomar outro rumo amanhã, bem como pode deixar de fazer algo hoje que terá importância futuramente. Não é tudo tão preto no branco, ou sim ou não. Qualquer coisa que fizer terá resultados diferentes, muitas vezes inesperados. É assim que a vida funciona, é assim que é a realidade.
Não foi feita para ser fácil, não foi feita para ser difícil, foi feita para aprender e seguir seu fluxo. Apenas vá vivendo e faça as coisas como quer fazer, sem esperar nada, sem planejar, sem deixar acontecer.
Como o feiticeiro e o príncipe vivem falando um ao outro: não crie expectativas, elas são ruins.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Oceanos



Muita gente já se sentiu, muita gente se sente assim, super mal sem precisar parar e pensar muito. Nos últimos dias tenho visto casos onde eventos cotidianos tem tirado o que há de mais trágico para todos. Cada tristeza conta uma história diferente e é errôneo dizer que “eu entendo você”, não, isso não está certo. Ninguém nunca entende o que nunca passou.
Os oceanos de pessoas são algo interessante para quem observa de longe, como é o caso do pequeno príncipe. Ele criou aquela imagem conhecida, o cara receptivo que está sempre presente, sempre animando, sempre instigando sorrisos, sempre ali quando alguém precisa. Nesse meio tempo, conheceu muitas pessoas e suas histórias.
Há aqueles com problemas de relacionamento, com problemas familiares, com problemas de amizade, com problemas entre si, com problemas existenciais, ou apenas problemas, sem uma origem específica.
O mais engraçado é que a maioria dessas tristezas já passou pelo pequeno príncipe em sua vida, e ele soube se erguer para tentar novamente, saindo mais e mais forte, ou assim ele pensa. Mas e quanto ao próximo passo?
Às vezes a solução é apenas se olhar no espelho e treinar como sorrir mais espontaneamente, e disfarçar um pouco a tristeza presente em seus olhos. Você vai ganhar o dom de nadar no oceano de pessoas, exatamente como o pequeno príncipe.
Por outro lado, será ainda mais difícil deixar que as pessoas nadem em seu oceano, em seus próprios problemas, e em sua própria solidão. A menos que grite em plenos pulmões que precisa de alguém por perto.
Aí sim será inevitável não ser notado em meio a todos os outros.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Rave - Primeiras Impressões





Passei dois dias ausente, mas tive um bom motivo para isso. Afinal...a primeira rave em turma, ninguém esquece.
Chegamos em quatro pessoas ali, e era um território completamente novo para alguns de nós. Claro, a primeira rave nós nunca esquecemos.
Uns já sabiam o que esperar, outros estavam muito animados com o que poderia acontecer. E no final das contas, uma coisa foi certa ali. Foi ainda melhor do que imaginávamos.
Rave é mesmo coisa de outro mundo. Não é como aquelas festas carregada de bebidas onde só toca o que estiver em alta do momento, ou como um ambiente controlado onde só o que pode acontecer é o que já está previsto.
Lá, todos podem fazer o que querem sem medo de ser feliz. A liberdade não tem limites em uma rave. Há pessoas fantasiadas, pessoas com roupas demais, pessoas com roupas de menos, pessoas de todos os tipos, de todos os lugares, alcançáveis ou não.
Não foi uma ou duas vezes que presenciei alguém com roupas super legais de lojas de fantasia, ou com óculos tão estilosos. O mais interessante disso tudo é que em uma rave, absolutamente todo mundo fala com todo mundo, não tem brigas, não tem nada de negativo, é só uma festa em grandes proporções.
É claro o ambiente também ajuda, afastado da cidade, com aquele trance tocando e todos seguindo o ritmo das músicas. O Techno, Psy, House e Electro ecoam ao ar livre nas tendas coloridas, chegam aos campos e nas piscinas sem restrições. São ritmos que acabam contagiando e todos ali presentes dançam sem parar.
O engraçado é que você não é julgado ali dentro, não importa qual seja o seu estado. Você pode dançar loucamente ou estar parado movendo a cabeça, beber de mais ou de menos, se jogar na piscina e andar de cuecas pelas tendas, ninguém vai te criticar, ali todos são iguais. Apenas pessoas querendo curtir de seu próprio jeito, há inclusive a possibilidade de estar na mesma vibração de outra pessoa. O que é ainda melhor.
E nem vamos comentar sobre as loucuras que acontecem lá dentro. Em determinado momento, tudo começa a ter graça, e o que você normalmente não acharia legal, passa a ser interessante. Desde uma piscina cheia de sapos, até uma bebida que ninguém toma, mas você acaba levando na bolsa mesmo assim.
A rave é mesmo um cenário mágico, onde tudo pode acontecer e ninguém tem medo de se aventurar pelo desconhecido. O legal é que não importa quão tarde ou cedo você chegue ao local, você consegue aproveitar cada momento da festa. Nós passamos quase 20h nos divertindo ali. Nunca parecia ficar chato, tampouco desgastante. Todos estavam conseguindo tirar o melhor de lá. E quando encontramos amigos de fora pulando entre as tendas, ou conhecemos pessoas novas na piscina?
Não vamos nem comentar a alegria quando a chuva de tinta cobriu os nossos corpos e todos pularam felizes com a música que batia em nossos corpos e nos incentivava a dançar mais e mais.
Rave é rave, não adianta negar o quanto podemos gostar. E mesmo com excesso de catuaba nas mãos, queimaduras de sol, cansaço e corpos doloridos, é certo de que vamos relembrar os momentos lá dentro e rir por muito tempo.

sábado, 7 de setembro de 2013

Veneno Social





Que todo ser humano precisa viver em sociedade, todos nós sabemos, e não é preciso lembrar o quanto um humano precisa de outro por perto. Os motivos são variados.
Há os que precisam de amizades, os que precisam de família, os que precisam de amores, e há também os mais populares, os que precisam compartilhar informações...  ou em linguagem mais crua, fofocar.
Claro que negarão até a morte que fofocam. É um tipo de vergonha cármica entre todos. Sempre dirão que é um privilégio feminino, o que não é bem verdade, homens podem fofocar tanto quanto mulheres.
Mas o que é fofocar?
Uma coisa que observei bastante, é que 90% das pessoas que fofocam, não admitem que o faça, e dão várias semânticas sobre essas palavras. Dizem que gostam de opinar sobre coisas erradas, dizem que estão apenas mostrando a preocupação, dizem que todos fazem isso, entre outros motivos.
O problema começa quando as tais informações acabam tendo acréscimos, informações falsas, ou seja, apenas mentiras. A essa altura acho que já foi deixado claro o quanto as fofocas são prejudiciais.
Fofocas são apenas o modo encontrado por pessoas entediadas com as próprias vidas, saberem ou criarem imagens sobre a vida alheia. Simples. Pode ser por uma questão de ego, de inveja, de satisfação, ou apenas um modo de se misturar.
Talvez a única coisa realmente boa sobre o assunto, é que com base nas fofocas ou no grau de veneno das mesmas, podemos ter uma vaga noção de quem podemos confiar e em quem devemos deixar para trás.
Um mantra é necessário aqui: A mesma pessoa que está lhe dizendo coisas terríveis sobre alguém, pode ser a mesma que fará o mesmo com você para outro alguém. Por isso, é preciso manter certas informações para si mesmo. É sempre bom lembrar que certas coisas é bom guardar, ou se puder compartilhar, apenas com consentimento alheio.
Falando nisso, sei que não é fofoca, apenas a verdade... mas você ouviu o que o fulano disse sobre você outro dia?

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

E você? Quão mal está se sentindo hoje?





Certa vez um conhecido meu disse que Kimya Dawson era horrível, que ela basicamente cantava redações que escrevia. Infelizmente isso acabou pegando e muitas pessoas passaram a encarar as músicas dela como exatamente isso, redações cantadas e fora do tom.
Só que aí acabam perdendo o que as músicas dela tem de bom. Kimya Dawson é uma das cantoras que mais consegue captar a essência do drama da vida real e colocar em suas músicas. Digo isso porque me identifico com MUITAS de suas letras. Infelizmente, apesar de ser uma cantora conhecida no mundo do folk, raramente vi suas letras serem traduzidas, por isso resolvi traduzir minha música favorita dela, porque a mesma define bem os meus dias, e tenho certeza de que muitos dos seus também, confiram a letra e escutem a música com o link acima.
Boto a mão no fogo como muitas pessoas acabam se sentindo exatamente assim muitas vezes.
(Nota: na tradução, acabei passando a letra para o masculino por motivos óbvios)

Kimya Dawson - The Competition

Eu nunca quis ser melhor que os meus amigos
Eu só queria provar que as vozes em minha cabeça estavam erradas

As mesmas que me disseram que eu estaria melhor morto
As mesmas que me disseram que eu nunca iria vencer

Quando eu entregava jornais me diziam que eu era lento
Quando eu era um barista, disseram que eu faço uma péssima espuma
Quando eu trabalhava como vendedor me diziam que era relaxado
Muito burro para a escola e muito preguiçoso para um trabalho

Então andei de bicicleta como um raio
E fiz cappuccinos que fizeram os anjos cantar
Tomei dois banhos por dia e me vestia como um príncipe
Soquei o meu próprio rosto e disse "Vou mostrar quem é o melhor"

Eu fiz os tipos de trabalho que professores penduram nas paredes
Eu fui empregado do mês em sete shoppings diferentes
E uma vez jogando futebol, eu destendi os músculos da perna,
Para provar que eu era durão, me apoiei em um só pé
E acabei terminando o jogo

Eu pensei que se tivesse sucesso eu ficaria feliz e eles iriam embora
Mas a primeira coisa que eu ouvia de manhã era eles dizendo
"Você é gordo, feio e burro, você deveria ter vergonha
Ninguém nunca vai gostar de você, você não é bom em nada"

E às vezes eu encarava o desafio
Mas outras vezes eu me sentia tão mal que nem conseguia levantar
E nos dias em que ficava na cama, eu cantava e cantava e cantava
Sobre que merda eu me sentia, sem me dar contas que outras pessoas
se sentiam do mesmo jeito

E hoje as pessoas me mandam e-mails agradecendo
Por dizer coisas que elas não sabiam como dizer
E as vozes em minha cabeça ainda me visitam algumas vezes
E elas trazem todos os seus amigos, mas eu não me importo
Eu toco meu violão como um raio
E quando eu canto do jeito que você canta, em alto e bom som
Diferentes vozes e diferentes tons, todos dizendo "sim, não estamos sozinhos"
Eu fiquei bom em me sentir mal e é por isso que eu ainda estou aqui
Eu fiquei bom em me sentir mal e é por isso que eu ainda estou aqui
Eu fiquei bom em me sentir mal e é por isso que eu ainda estou aqui

Meu nome é Alexis Tyrell

Muitas pessoas já me perguntaram isso. Porque Alexis? O que é Tyrell? Porque não Alexandre, que é o seu nome de verdade? Bom, vocês deveriam respeitar a individualidade alheia, eu particularmente não pergunto porque Valeska Popozuda se chama assim ou porque vocé o Gatinho Manhoso 2013.
Mas antes de divagar um pouco, direi apenas o óbvio. 90% dos internautas e 100% das pessoas gostam ou possuem um apelido, ou nickname. Alexis Tyrell não é só isso, possui toda uma história por baixo das letras. 
A começar, sim, meu nome é Alexandre e eu gosto desse nome. Porém, é um nome que cabe inúmeras variáveis, como Alex, Alê, etc. Só que eu queria mais que isso, então a resposta veio na forma dela, a atriz Alexis Knapp.


Me identifiquei bastante com a garota, seus papéis geralmente são de personagens que passam por situações parecidas com as minhas, e ela já mostrou alguns de meus ângulos nos personagens, além de ser uma pessoa bem bacana pelo o que eu notei nos vídeos. Me identifiquei no ato. Alexis Knapp é o meu lado geral, o cara animado, o cara amigo de todo mundo, a alma da festa...enfim, o lado que mostro diariamente. Logo, aproveitei a semelhança de nossos nomes e adotei Alexis. 

Quanto ao Tyrell, esse veio da paix
ão pela saga "A Song of Ice and Fire". Uma das grandes Casas, é a Tyrell. Eles são conhecidos por saberem como jogar em qualquer terreno, sempre sabendo como se portar em cada situação. Os Tyrell são sempre vistos como manipuladores ou falsos, os vejo como sobreviventes, pois suas conquistas vieram sem derramamento de sangue, apenas com a sabedoria ganha com as palavras. Este foi o sobrenome que escolhi, pois passo todos os dias tentando escolher a melhor maneira de moldar o mundo e a mim mesmo, e luto para me fortalecer, exatamente como manda o lema da Casa Tyrell.


Então, resumindo. Alexis Tyrell não é só minha identidade virtual, é a minha marca, é o modo como me expresso e como me conhecem. Tanto aqui dentro quanto lá fora, já estão começando a me chamar de Alexis. E sinceramente, acho perfeito assim.
Bom, melhor que ser conhecido como Paulão Encanador ou algo do tipo. 

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Depois da amizade





Hoje eu estava passando de carro naquela rua conhecida, foi quando vi vocês dois, e vocês dois também me viram. Foi um momento estranho, já não somos nada agora, mas éramos muita coisa juntos.
Quando foi que a amizade chegou ao fim?
Lembra quando sempre havia motivo para risadas? Quando sempre ficávamos acordados até tarde jogando videogames ou cozinhando porcarias? Ou quando passávamos horas conversando e fazendo planos para o futuro? Quando foi exatamente que tudo isso perdeu o significado?
Já disse antes que nada é para sempre e devemos sempre estar dispostos a aproveitar os momentos. Infelizmente, alguns deles gostaríamos mesmo de preservar por muito, muito tempo.
Foi estranho estarmos cara a cara e não ter significado nada. Éramos apenas estranhos passando pela mesma rua, não houve um "oi", não houve um "tchau". Não houve qualquer tipo de interação. O mais engraçado foi relembrar todos esses meses em que achei que teria amigos para o resto da vida, tudo isso enquanto olhava para os dois.
Saber aceitar perdas e seguir em frente se tornou uma espécie de rotina constante, é uma das várias partes em crescer e saber como lidar com sentimentos. Quando ambos viraram a rua, apenas ajustei o retrovisor mais uma vez e dirigi. Nenhuma lição a ser aprendida, pelo menos não para aqueles que sabem que por mais doloroso que seja, a vida continua e não há um botão que permita parar tudo e esperar que você supere. 
No final das contas, prefiro sorrir e lembrar como era bom aquele tempo antes de tudo acabar. Sempre há a possibilidade de criar novos momentos e novas lembranças.

Invisível





Emoções são ferramentas poderosas, a parte mais difícil é saber controlá-las. Esta é uma lição que o pequeno príncipe sempre está tentando aprender e controlar, mas a esta altura ele já se deu conta de que não basta ter um coração endurecido, às vezes a menos das brechas pode desencadear uma melancolia sem fim.

Há pouco tempo ele se orgulhava em dizer que era a voz da experiência, pois já havia experimentado muitos tipos de decepção, traição ou manipulação. Claro que tantas experiências ao longo dos anos serviram para fortalecer o pequeno príncipe Kairiel.
Mas e quando o príncipe humano se lembra de que ele continua sendo um humano? E quando ele percebe que como todo humano, ele nunca irá conseguir viver sozinho? 
As respostas dos questionamentos dele vieram de formas dolorosas. Mais uma vez ele experimentou uma conhecida sensação que sempre esteve assombrando-o: Ele novamente foi apenas alguém que ficou em segundo lugar.
O príncipe Kairiel se moldou em uma pessoa amigável e cheio de amigos por perto, porém, tanta bondade teve um preço alto a ser cobrado. Hoje ele percebe que nada realmente mudou ao estar do lado bom e sem os valores errados. Ele ainda é o rapaz melancólico que é passado para trás, mesmo que involuntariamente.
Não é uma sensação boa, é como estar gritando em plenos pulmões e passar despercebido. É estar sorrindo por fora, mas chorando por dentro. É demonstrar uma coragem invejável para enfrentar o mundo, e a covardia em estar sozinho para isto.
Dia após dia, o príncipe Kairiel luta por sua vida. Dia após dia, ele é o rapaz que tem um sorriso no rosto e está sempre disposto a fazer tudo por todos.
Um rapaz bondoso e admirado.
Um rapaz que não tem ninguém que faça algo por ele.
Um rapaz que mais uma vez, precisa mudar para que o mundo se torne um lugar melhor para se viver.


                                  


segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Momentos





A vida é feita de momentos, isso todos já deveriam saber. Apesar de muitos acreditarem no felizes para sempre, o para sempre não existe ao meu ver.
Muitos podem não concordar com isso e manter o otimismo em falta, mas isso me faz lembrar uma citação de uma série antiga, a mesma foi dita por Márcio Garcia no episódio final da série “Avassaladoras”. Irei parafrasear, pois não lembro as palavras exatas, mas dizia mais ou menos o seguinte:

“Tudo na vida um dia acaba. Amizades acabam, namoros acabam, a bateria do meu celular acaba. Tudo acaba, nada é para sempre. O que muda, é o modo como você reage a cada fim.”

Era mais ou menos isso...eu concordo com a citação. Sem mais. A vida acontece lá fora enquanto nos focamos no que perdemos ou no que podemos vir a perder. Só que não podemos nos esquecer de tudo vai continuar mudando, nada vai nos esperar superar ou manter as coisas no lugar.
Hoje, por exemplo, tive ótimos momentos. Tive um cappuccino excelente, comprei o último caderno da loja, chequei celulares que precisam entrar no orçamento, ri demais em boa companhia, visitei meus parentes, conversei por webcam com uma irmã que mora longe, e tive um final de noite surpreendente. Tudo isso não foi para sempre, tudo isso veio, e passou bem rápido. Mais uma vez, foram momentos.
Eu já chequei a acreditar em contos de fada com o para sempre, mas sabe de uma coisa? Fico feliz em manter a vida passando enquanto eu corro para acompanhá-la. É muito mais divertido colecionar momentos, principalmente se eles podem permanecer ao seu lado por muito tempo.
Que tal parar de acha que tudo será eterno e se focar nas pequenas coisas que podem acontecer ao seu redor? Garanto que não irá perder muito, e poderá ganhar bastante.

domingo, 1 de setembro de 2013

Uma Taverna Qualquer



Uma noite em uma taverna qualquer pode abrir inúmeras possibilidades para qualquer peregrino. Por mais inesperado que seja a vida pode mudar e expandir os horizontes se feito de maneira espontânea.
Havia uma clériga inteligente, porém insatisfeita, um paladino justo e bravo, uma dançarina animada e de personalidade única, um mago irreverente com surpresas em cada canto que entoava, uma elfa graciosa e com um belo dom de visão, e o pequeno príncipe, o rapaz perdido que naquela noite achou novos rumos para si.
Seis pessoas que no início eram tão diferentes entre si, mas logo se tornaram bons companheiros em uma única noite. Cada história contada revelou mais sobre cada um deles, e em suas conquistas, suas derrotas, seus passados, seus futuros, e seus presentes, encontraram motivos para continuarem a sorrir.
Poderia ter sido apenas uma conversa informal em uma mesa da taverna, completa por outros desconhecidos que os rodeavam, ou o bardo que tocava canções envolventes no local. Mas para aqueles seis aventureiros, foi muito mais do que isso. Foi uma noite de diversão, de boas risadas, de eventos incomuns, de compatibilidades a serem exploradas, de vidas a serem planejadas.
Foi uma noite que com certeza repetirão mais vezes, e em cada uma delas, seus laços se fortalecerão mais e mais.
Um sábio certa vez disse que as melhores conversas que você pode ter, são justamente as compartilhadas com pessoas desconhecidas. O mesmo sábio havia esquecido um pequeno detalhe: que a partir do momento em que a conversa acontece, os desconhecidos podem vir a se tornar amigos.
A história não tem um fim certo, pois é um conto que se estende por décadas e décadas. Este é apenas um resumo de como uma noite até então vinda sem expectativas, no final se tornou um encontro inesquecível.
Então, caso esteja desiludido com algo, por favor não fique. Sua história pode estar começando quando se menos espera, seja em um plano de última hora ou em meio a cervejas em uma taverna qualquer.