Era uma noite como outra qualquer. Lá estava eu naquele
santuário onde vi tantos rostos conhecidos, outros nem tanto. E mais uma vez me
veio àquela sensação que eu não consigo negar ou esconder, o mal de toda
relação, o epítome de todos os sentimentos: a expectativa.
Começou como seria toda reunião pós-acadêmica em uma sexta feira, solstício de....não importa. Foi algo divertido, não é? Nossas músicas tocando, pessoas próximas a mim na mesa, pessoas que conheci e conversei poucas vezes nas proximidades, olhares insinuantes, olhares de desprezo, olhares interessados, tudo isso acontecia com frequência. A chegada de alguns amigos novos, conversas descompromissadas com pessoas que eu via diariamente, mas não sabia os nomes, tudo isso em meio a copos e mais copos de bebida alcoólica que logo nos deixaram inebriados.
Mas foi aí que veio a maldita expectativa, naquele momento em que a sua mente está tão leve e você passa a enxergar tudo por ângulos que não queria. Mas estou divagando, antes de começar a pensar, você passa a observar melhor o que acontece ao seu redor.
Você passa a enxergar as agonias que as outras pessoas passam, passa a fazer amizades inesperadas, as danças passam a ser sem medo de ser julgado, as palavras surgem a cada instante e a verdade começa a aparecer da boca de todos, afinal, álcool é melhor soro da verdade que existe. E logo você se pergunta quando foi que tudo começou a mudar.
E agora sim, é quando entra a expectativa e os seus pensamentos.
Chega aquele momento em que você se pergunta o que fez de errado, porque não deu certo, o que poderia mudar...fica imaginando como teriam sido as coisas se tivesse tomado a outra decisão, ou se os eventos fossem diferentes dos que aconteceram ali, naquele momento. Infelizmente nessas horas a verdade também costuma aparecer, e você se dá conta do quão solitário pode estar mesmo entre outras pessoas. E é aí que seu rosto fica molhado e não de suor, mas de lágrimas silenciosas que começaram a escorrer.
É quando você se lembra de tudo o que deu errado em sua vida e ninguém se importou, justamente por conta do seu orgulho e da expectativa criada em torno disso. A pergunta acaba ecoando na cabeça sem parar: Do que adianta ser o cara mais forte do mundo e com um sorriso a todo instante, se por dentro você está gritando sem parar esperando que alguém note?
É como estar caminhando enquanto todo o mundo ao seu redor anda em fast motion, como um clipe antigo que assisti, “Vermilion” da banda Slipknot, exatamente daquele jeito. Você está ali, mas parece não estar e isso é terrível. De repente nada parece fazer sentido, de repente você deixa de ser o cara sorridente para ser o cara que deixou a inveja sair, ou o que deixou de ser completo. Naquele momento você é apenas ele, o cara que queria se encaixar e ser notado pelo o que é, e não pelo o que demonstra ser.
Você pula de um abismo interminável e depois escala de volta do seu jeito. É sempre assim, mas a cada vez você sai um pouco diferente, a única certeza é essa.
As outras virão após os próximos copos.
Começou como seria toda reunião pós-acadêmica em uma sexta feira, solstício de....não importa. Foi algo divertido, não é? Nossas músicas tocando, pessoas próximas a mim na mesa, pessoas que conheci e conversei poucas vezes nas proximidades, olhares insinuantes, olhares de desprezo, olhares interessados, tudo isso acontecia com frequência. A chegada de alguns amigos novos, conversas descompromissadas com pessoas que eu via diariamente, mas não sabia os nomes, tudo isso em meio a copos e mais copos de bebida alcoólica que logo nos deixaram inebriados.
Mas foi aí que veio a maldita expectativa, naquele momento em que a sua mente está tão leve e você passa a enxergar tudo por ângulos que não queria. Mas estou divagando, antes de começar a pensar, você passa a observar melhor o que acontece ao seu redor.
Você passa a enxergar as agonias que as outras pessoas passam, passa a fazer amizades inesperadas, as danças passam a ser sem medo de ser julgado, as palavras surgem a cada instante e a verdade começa a aparecer da boca de todos, afinal, álcool é melhor soro da verdade que existe. E logo você se pergunta quando foi que tudo começou a mudar.
E agora sim, é quando entra a expectativa e os seus pensamentos.
Chega aquele momento em que você se pergunta o que fez de errado, porque não deu certo, o que poderia mudar...fica imaginando como teriam sido as coisas se tivesse tomado a outra decisão, ou se os eventos fossem diferentes dos que aconteceram ali, naquele momento. Infelizmente nessas horas a verdade também costuma aparecer, e você se dá conta do quão solitário pode estar mesmo entre outras pessoas. E é aí que seu rosto fica molhado e não de suor, mas de lágrimas silenciosas que começaram a escorrer.
É quando você se lembra de tudo o que deu errado em sua vida e ninguém se importou, justamente por conta do seu orgulho e da expectativa criada em torno disso. A pergunta acaba ecoando na cabeça sem parar: Do que adianta ser o cara mais forte do mundo e com um sorriso a todo instante, se por dentro você está gritando sem parar esperando que alguém note?
É como estar caminhando enquanto todo o mundo ao seu redor anda em fast motion, como um clipe antigo que assisti, “Vermilion” da banda Slipknot, exatamente daquele jeito. Você está ali, mas parece não estar e isso é terrível. De repente nada parece fazer sentido, de repente você deixa de ser o cara sorridente para ser o cara que deixou a inveja sair, ou o que deixou de ser completo. Naquele momento você é apenas ele, o cara que queria se encaixar e ser notado pelo o que é, e não pelo o que demonstra ser.
Você pula de um abismo interminável e depois escala de volta do seu jeito. É sempre assim, mas a cada vez você sai um pouco diferente, a única certeza é essa.
As outras virão após os próximos copos.
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